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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bras 2 x 1 Mex: "Resenha" à moda do Cheff

Para os mais desavisados, não serei mais um entre os milhões de tecnicos que existem em frente as TV's pelo Brasil afora. Não comentarei sobre a enigmática posição ideal do Ronaldinho Gaúcho(quando joga no meio dizem que tem que jogar no ataque e quando joga no ataque dizem que tem que jogar no meio), nem sobre os golaços que ele e o Marcelo fizeram. Também não falerei sobre o indefectível Galvão Bueno dizendo que o Jefferson tem tudo para ser um grande goleiro(como se ainda não fosse). A minha abordagem aqui se dará em torno de duas constatações diretamente interligadas: o afastamento do torcedor em relação a seleção brasileira e a "frescurização" do jogador brasileiro. Então, mãos a obra...

Chega a ser assustador o afastamento do torcedor em relação a seleção. Tudo bem, sei que isso não se deu de uma hora pra outra. Foi um processo gradativo. Mas hoje é comum se ver nas mídias sociais, pessoas que não só cagam e andam para a seleção. Isso me parece que tá mudando. Agora estão aparecendo torcedores que deliberadamente TORCEM CONTRA a seleção. Poderia até se dizer que a culpa é do ator global Ricardo Teixeira, mas em anos passados, já com ele a frente da CBF, o torcedor ainda torcia pela seleção. Era comum ouvir gritos da janela do apartamento quando o Brasil fazia gol. Mas com certeza ele contribui pra isso na medida que tira jogadores dos clubes para botar em amistosos do tipo caça-niquel, contra seleções do porte do Principado de Andorra. Parece que a Globo já não consegue mais fazer o torcedor comer merda achando que é mousse de chocolate belga. Só que tem uma outra coisa que anda desestimulando e até irritando o torcedor, e isso é a minha próxima constatação.

O jogador brasileiro está cada vez mais fresco e sem espírito de coletividade. Parece que entra em campo preocupado com o corte de cabelo, a cor da chuteira e com a firula desnecessária e improdutiva. Quanto ao corte de cabelo e a cor das chuteiras, muitos dirão que isso é preconceito. Essa palavra ganhou uma espécie de "aura inconteste". Quando se diz alguma coisa que não agrada alguém, esse alguém não precisa te questionar com argumentos. Basta dizer que isso é preconceito seu. Mas preconceito ou não, foda-se. Não me agrada. Por trás disso está um ego sendo cada vez mais inflado e pensando cada vez mais apenas em si próprio. O espetáculo tem que ser ele, e não o time. Aliás, ganhar só é bom porque quando o time perde, esse ego inflado também é vaiado. De resto, o que sobra de futebol é drible pra trás, toquinho de letra pro lado, firula desnecessária e improdutiva. Como já disse, ele tem que ser o espetáculo. E que se foda o caráter coletivo do esporte bretão. Quando pega um Bambala ou Arimatéia da vida, faz a festa. Mas quando pega um time mais bem montado, vira ginasta e começa a dar duplo twist carpado na grama pra enganar juiz. E as dancinhas ridículas na hora do gol? Que se foda se do outro lado do campo tem homens com sangue correndo nas veias que obviamente se sentem desrespeitados com isso. E lá vamos nós pra mais uma copa com essa geração de animadores de platéia. Os babacas da mídia estão aí para jogarem confete nessa geração circense. Ai de alguém que ousar dizer essas coisas que eu estou dizendo. Quem faz isso quer tornar o futebol chato ou quer acabar com a critividade do brasileiro. Como se tivesse algo de criativo em dar toque de letra pro lado ou comemorar gol dançando na boquinha da garrafa. Para os "jenhos" da mídia esportiva, o Zidane devia ser chatíssimo e pouco criativo, pois ao invés de fazer firulas pros lados, ele preferia desarrumar uma defesa inteira com três toques na bola. Ahhhh, e não fazia dancinha na hora do gol, não usava chuteira verde caganeira e nem tinha corte de cabelo moicano com chapinha.

É isso aí. No meio de tanta frescura, o Richarlyson acaba sendo um  dos mais machos do futebol brasileiro...

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